sexta-feira, dezembro 12, 2008

Não temos pena de morte no Brasil

E explode a crise

Nas penitenciárias e delegacias do Brasil

Todo ano a mesma situação

Cidades e estados diferentes

Meses diferentes

Outros reféns

Outras famílias desesperadas

Danos no patrimônio

Mortes,dores

Lixo, sujeira,crueldade,promiscuidade

Círculo vicioso em país corrompido

 

Não temos pena de morte em nosso país!

Temos o que?

 

Temos dezenas de homens em celas que não comportam nem uma dezena

Temos um sistema cruel, desumano, sem assistência médica,psicológica e jurídica, alimentação precária, falta de medicamentos. Milhares de seres diariamente sem ocupação, sem orientação, entregues horas e horas infindáveis as instruções e ensinamentos dos comandos de criminosos.

Permitimos a devassidão, entregamos homens a homens e mulheres a mulheres para que seus corpos sejam abusados durante o prazo de suas penas.

Ainda fazemos piadas sobre isto. Autoridades policiais o fazem.

A corrupção impera entre os policiais, passa tudo na vistoria entre biscoitos, vaginas e ânus,passam celulares, drogas,dinheiro.

Que lugar melhor para criminosos aliciarem subordinados?

Prospera o ódio, a injustiça em alguns casos e o mal em sua essência.

 

Não temos pena de morte mas criamos a nossa pena de morte em abandonar estes seres nas mãos de outros mais maléficos do que eles.

 

Sairão alguns deles no mesmo nível de ignorância que entraram porém mais instruídos no crime e certamente serão tão inclementes para conosco como o fomos para com eles.

Sem perdão nos eliminarão, sem remorsos nos colocarão em nossas grades de condomínios, não se importarão com nossas câmeras, com nossos blindados,sabem que estamos desarmados e que somos maus como eles.

 

Eles têm nomes, tem hierarquia, são comandos do mal, estrategicamente colocados em pontos vitais de nossas comunidades, são poderosos, equipados com as mais recentes armas, viciados nos mais diversos entorpecentes, querem mais drogas, mais poder, mais corrupção, mais devassidão.

 

Enquanto isto discutimos e discutimos sem aparentes soluções, o tempo passa, os meninos se tornam jovens e posteriormente adultos formados nas nossas faculdades do mal que denominamos penitenciarias. Não são lugares de penitencia... nem sabem o que significa.

 

Aos do poder que podem mudar este sistema ajam com presteza em grande mutirão de consciências e mudem estes sistemas carcerários,que juristas e defensores públicos se unam para auxiliar estes condenados que serão sem esta ajuda nossos carrascos de amanhã e de nossos filhos
 
Ana Maria C. Bruni