E explode a crise
Nas penitenciárias e delegacias do Brasil
Todo ano a mesma situação
Cidades e estados diferentes
Meses diferentes
Outros reféns
Outras famílias desesperadas
Danos no patrimônio
Mortes,dores
Lixo, sujeira,crueldade,promiscuidade
Círculo vicioso em país corrompido
Não temos pena de morte em nosso país!
Temos o que?
Temos dezenas de homens em celas que não comportam nem uma dezena
Temos um sistema cruel, desumano, sem assistência médica,psicológica e jurídica, alimentação precária, falta de medicamentos. Milhares de seres diariamente sem ocupação, sem orientação, entregues horas e horas infindáveis as instruções e ensinamentos dos comandos de criminosos.
Permitimos a devassidão, entregamos homens a homens e mulheres a mulheres para que seus corpos sejam abusados durante o prazo de suas penas.
Ainda fazemos piadas sobre isto. Autoridades policiais o fazem.
A corrupção impera entre os policiais, passa tudo na vistoria entre biscoitos, vaginas e ânus,passam celulares, drogas,dinheiro.
Que lugar melhor para criminosos aliciarem subordinados?
Prospera o ódio, a injustiça em alguns casos e o mal em sua essência.
Não temos pena de morte mas criamos a nossa pena de morte em abandonar estes seres nas mãos de outros mais maléficos do que eles.
Sairão alguns deles no mesmo nível de ignorância que entraram porém mais instruídos no crime e certamente serão tão inclementes para conosco como o fomos para com eles.
Sem perdão nos eliminarão, sem remorsos nos colocarão em nossas grades de condomínios, não se importarão com nossas câmeras, com nossos blindados,sabem que estamos desarmados e que somos maus como eles.
Eles têm nomes, tem hierarquia, são comandos do mal, estrategicamente colocados em pontos vitais de nossas comunidades, são poderosos, equipados com as mais recentes armas, viciados nos mais diversos entorpecentes, querem mais drogas, mais poder, mais corrupção, mais devassidão.
Enquanto isto discutimos e discutimos sem aparentes soluções, o tempo passa, os meninos se tornam jovens e posteriormente adultos formados nas nossas faculdades do mal que denominamos penitenciarias. Não são lugares de penitencia... nem sabem o que significa.