Faltam cisternas no Semiárido
Projeto de construir um milhão de unidades está longe da meta
Criado há seis anos, o programa Um Milhão de Cisternas está muito distante de alcançar a meta, segundo matéria do Correio Braziliense. Por enquanto foram construídas somente 243 mil unidades, o que corresponde a um quarto do número estimado. Desenvolvido pelo Governo Federal em parceria com a organização não-governamental Articulação do Semiárido (ASA), o objetivo é atender localidades onde a população carente sofre ainda mais por conta da seca.
A reportagem assinada por Alana Rizzo e Lúcio Vaz informa que "a média anual de investimentos ficou em R$ 73 milhões, o suficiente para construir 47 mil cisternas. O pico foi em 2006, ano da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foram construídas 68 mil unidades. No ano passado, o número penou para chegar a 24 mil. No atual ritmo, como prevê o próprio governo, o número mágico de um milhão será atingido somente em 2016".
O programa nasceu com a intenção de beneficiar 1,1 milhão de famílias distribuídas em 1.133 municípios da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e do norte de Minas Gerais. São pessoas com renda mensal per capita de apenas R$ 31,48, caracterizando situação de pobreza extrema. O governo investiu R$ 439 milhões na construção das cisternas, mas os recursos diminuíram bastante nos últimos anos.
O Orçamento da União deste ano reserva R$ 60 milhões para o projeto, o suficiente para 35 mil cisternas. Enquanto o Governo Federal e companhia esbanjam dinheiro, inclusive dando de bandeja ao Fundo Monetário Internacional (FMI), programas de âmbito social como este das cisternas não seguem adiante por falta de recursos, o que é uma clara contradição. A íntegra da reportagem está disponível aqui. (Foto: Asa Brasil)